Áreas contaminadas: seus impactos para o meio ambiente e os principais processos de remediação

Áreas contaminadas: seus impactos para o meio ambiente e os principais processos de remediação

A existência de áreas contaminadas é extremamente prejudicial para o meio ambiente e a saúde humana. O descarte incorreto de dejetos na natureza, de solventes e agrotóxicos; o lançamento direto de óleos no solo; por exemplo, se constituem em fontes de contaminação que degradam o solo, a água e o ar. Descubra quais são os principais impactos das áreas contaminadas para o meio ambiente e os processos de remediação mais utilizados nesse conteúdo da GreenView.

Primeiramente, o que são áreas contaminadas?

Segundo definição da CETESB, “uma área contaminada pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural”. Os contaminantes podem estar presentes no solo, nos sedimentos, nas rochas e em águas subterrâneas, por exemplo.

Os impactos ambientais causados pela existência de áreas contaminadas são variados e afetam não só a saúde humana, como também o desenvolvimento da fauna e da flora de determinado local. Entre os principais que podem ser citados estão: a poluição da água, a redução da fertilidade do solo, a erosão, liberação de gases poluentes, contaminação de alimentos que serão consumidos pela população, aumento da salinidade, além de problemas na saúde pública. Isso porque, a depender do tipo de contaminante, as pessoas podem adquirir doenças como esquistossomose, cólera, tétano, câncer, etc.

Áreas contaminadas e técnicas de remediação ambiental

Após a identificação de uma área contaminada e a posterior constatação de que os níveis de contaminação se mostram superiores aos permitidos, é primordial que as empresas implementem ações para remediar aquele imóvel e garantir a melhoria da qualidade ambiental da área a fim de preservar a saúde humana e o ecossistema da região.

Para isso, a melhor solução é a remediação ambiental. Ela é faz parte do Processo de Reabilitação de Áreas Contaminadas e consiste em um conjunto de técnicas de intervenção para reabilitar a área contaminada por meio da contenção ou isolamento da contaminação ou tratamento dos meios contaminados, visando à remoção ou redução da massa de contaminantes.

A remediação ambiental é um procedimento bem complexo e baseado em estudos minuciosos sobre o que provocou a contaminação em determinado local, a investigação sobre os tipos de contaminantes, extensão da contaminação e as consequências.

O Processo de Investigação de Áreas Contaminadas é dividido em algumas etapas fundamentais: avaliação preliminar; investigação confirmatória com a coleta de amostras do solo, ar do solo e da água; investigação detalhada que incluir a coleta de amostras também; depois a avaliação de risco à saúde humana e/o ecológico; planejamento das medidas de intervenção (ex. remediação ambiental); execução destas ações e monitoramento para encerramento.

A remediação ambiental pode ser feita por meio de técnicas in situ, ex situ ou usando as duas simultaneamente, devendo ser escolhidas em função da localização e características físicas do imóvel e química dos contaminantes. Ambas utilizam diversos tipos de tratamentos, podendo ser combinados, como o biológico, físico, químico e físico-químico.

As técnicas in situ são aplicáveis a uma ampla gama de contaminantes, que são destruídos no local; eliminam a necessidade de escavar, manusear e transportar grandes volumes de solo contaminado; podem ser utilizadas para contaminações profundas; entretanto podem demorar mais que técnica in situ.

Já as ex situ podem envolver o risco de algum tipo de contaminação secundária ou custos mais elevados. Isso porque há a necessidade de fazer o transporte do material contaminado até o local de tratamento que muitas vezes fica distante do imóvel contaminado. Aqui é preciso realizar a escavação, remoção e tratamento do material com destinação final adequada, que pode ser um aterro, uma unidade de dessorção térmica, ou um incinerador, etc.

Confira alguns exemplos de processos de remediação ambiental de áreas contaminadas que são baseados nas técnicas citadas acima:

Solidificação e Estabilização

Na solidificação o objetivo é restringir a migração de contaminantes, diminuindo a área de superfície exposta à lixiviação, sendo realizada por processos mecânicos ou por uma reação química entre um contaminante com reagentes de solidificação, como o cimento. Na estabilização são usadas substâncias químicas, que podem ser empregadas no solo, água subterrânea, lodo e sólidos. Essa técnica envolve reações químicas que tornam o contaminante menos propenso a lixiviação, por exemplo a conversão de contaminantes em uma forma menos solúvel, móvel e/ou tóxica.

Biorremediação

Também pode ser usada para remediação de solo, da água, lodo e sólidos. Ela consiste na utilização de micro-organismos como plantas, bactérias e fungos para remoção, degradação ou estabilização dos contaminantes por meio do seu uso no processo metabólico.

Extração de Vapores do Solo

Usa um sistema de vácuo conjugado com bomba de transferência de líquidos para remover e tratar as fases líquida de água/hidrocarbonetos de petróleo e, também, a fase gasosa.

Bombeamento e Tratamento

É uma das técnicas mais utilizadas no mundo e envolve o bombeamento da água subterrânea contaminada com produtos químicos dissolvidos (ex. hidrocarbonetos de petróleo, solventes clorados, substâncias fluoradas, metais, etc.) ou fase livre de produto, e o seu posterior tratamento em superfície. Esta técnica pode apresentar dois objetivos diferentes, sendo o primeiro a contenção de uma contaminação, evitando que ela se espalhe e atinja os bens a proteger, e o segundo realizar a remoção de massa de contaminantes presentes no imóvel.

Oxidação Química

Aqui os contaminantes orgânicos e/ou inorgânicos, perigosos, são modificados quimicamente e transformados em substâncias menos tóxicas, ou não tóxicas, que são mais estáveis, menos móveis ou inertes, por meio de processos de oxidação ou redução química.

As técnicas de remediação ambiental só são efetivas quando realizadas por empresas qualificadas e experientes como a GreenView.

Isso porque há situações em que a existência de contaminação em imóveis não é do conhecimento de compradores, vendedores, locatários, superficiários, incorporadoras, construtoras, instituições financeiras ou órgãos públicos. Por isso, é necessário ter o diagnóstico de empresas que são referência no Gerenciamento de Áreas Contaminadas em todas as suas etapas.

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