Contaminantes emergentes: o que são e como removê-los?
São muitos os produtos que liberam substâncias que podem contaminar o solo, o ar e/ou a água superficial e subterrânea, o que os torna uma ameaça à saúde humana. Geralmente, os primeiros contaminantes que lembramos são o chorume, resíduos industriais dispostos de forma inadequada, por exemplo. No entanto, há uma outra lista deles que começaram a ser estudados há alguns anos e que merecem uma atenção especial: os contaminantes emergentes. Descubra o que eles são e como removê-los nesse conteúdo da GreenView.
Contaminantes emergentes: o que são?
Os contaminantes emergentes são substâncias potencialmentes prejudiciais a um ecossistema como um todo, pois eles podem afetar negativamente os lençóis freáticos, o solo e os corpos d'água. Eles se constituem em produtos tóxicos que não são removidos ou totalmente eliminados pelos processos de tratamento de água para consumo humano convencionais.
Em relação aos contaminantes emergentes, temos que falar do grupo das substâncias Perfluoralquiladas e Polifluoralquiladas (PFAS), conforme a Ficha de Informação Toxicológica (FIT) da CETESB, os PFASs representam uma classe de substâncias organofluoradas de cadeia longa, perfluoroalquiladas ou polifluoralquiladas, ou seja, cadeias lineares totalmente ou parcialmente saturadas por átomos de flúor.
São substâncias de origem antropogênica, somando cerca de 5000 substâncias químicas, consideradas poluentes emergentes, largamente utilizadas em muitos produtos de consumo e em processos industriais. Moléculas bastante estáveis, podem conter dezenas de átomos de flúor, ligados a grupos como carboxílico (PFOA), sulfônico (PFOS) e sulfonila (PFOS-F), por exemplo.
Entre os principais contaminantes emergentes estão os fármacos, os produtos de beleza e higiente, plastificantes, nanopartículas, pesticidas, cafeína, protetores solares, anticoncepcionais, sucralose, fragrâncias e produtos de cloração.
Conforme a Ficha de Informação Toxicológica (FIT) os PFAs, são fabricados desde a década de 40, estão presentes na vida diária das pessoas, em peças de roupas, revestimentos de estofados, tapetes, cortinas; embalagens de papel que entram em contato com alimentos; em panelas antiaderentes, ceras, tintas, cosméticos, produtos de higiene pessoal. Os PFAS conferem a característica de repelir tanto água, como gordura.
Fonte: Ficha de Informação Toxicológica (FIT) da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). PFAS (PFOA, PFOS, PFOS-F,, PFBS e outros).
Também entram na composição de espumas de combate a incêndios, componentes eletrônicos, tratamento de imagens, fluidos hidráulicos, produtos de limpeza domésticas e industriais, formulação de inseticidas, aplicações industriais em têxteis, papel e celulose.
Por que a remoção de contaminantes é mais difícil?
O esgoto doméstico é uma das maiores fontes de contaminantes emergentes porque ele é formado por itens como a parte dos medicamentos que nosso organismo não metaboliza e é eliminada por meio das fezes, suor e urina; remédios descartados incorretamente; e restos de produtos de beleza e higiene, por exemplo. E quando esse esgoto entra em contato com o meio ambiente acaba contaminando a água que acabamos consumindo no cotidiano.
Tendo em vista esse cenário, uma das principais formas de evitar a contaminação é a revisão e mudança dos hábitos de consumo da população. É primordial que os cidadãos consumam de forma racional e descartem o lixo de forma correta, sabendo o caminho que ele percorre até a sua destinação final.
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