Um planeta sob pressão exige ação responsável
Dia do Planeta Terra, é celebrado anualmente em 22 de abril, o dia é um marco internacional de mobilização, conscientização e responsabilização coletiva. Em tempos de emergência climática, colapso da biodiversidade e poluição desenfreada, esta data convida governos, empresas, comunidades e indivíduos a repensarem profundamente seus modelos de consumo, produção e relação com o meio ambiente.
No atual contexto global, onde a temperatura média já ultrapassa 1,1°C em relação aos níveis pré-industriais, não há mais espaço para inércia. O planeta está em desequilíbrio e exige ações estruturais, integradas e urgentes. O momento não é mais de alerta, mas de transformação. E o Dia da Terra é, por excelência, o chamado a essa mudança.

Como surgiu o Dia da Terra? Um movimento que se tornou global
A origem do Dia da Terra remonta ao ano de 1970, quando o então senador norte-americano Gaylord Nelson, sensibilizado pelos impactos ambientais decorrentes da industrialização acelerada nos Estados Unidos, liderou uma manifestação nacional. O movimento mobilizou cerca de 20 milhões de pessoas, entre estudantes, professores, líderes religiosos e ativistas ambientais.
A pressão popular foi tão significativa que levou à criação da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e à promulgação de diversas leis ambientais pioneiras. Em 2009, reconhecendo o peso histórico e político da data, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o 22 de abril como o Dia Internacional da Mãe Terra, promovendo-o como uma data de ação e engajamento planetário.
Diagnóstico ambiental atual: onde estamos em 2025?
Desde a década de 70 até hoje, os desafios ambientais não apenas persistem — eles se intensificaram. A cada novo ciclo de avaliação científica promovido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), torna-se mais evidente que o modelo civilizatório vigente está pressionando perigosamente os limites do planeta.
A seguir, os principais pontos críticos do cenário ambiental em 2025:
🔥 Mudanças climáticas e descarbonização global
O relatório síntese do IPCC publicado no final de 2023 é categórico:
“Manter o aumento da temperatura média global em até 1,5°C exige cortes imediatos, profundos e sustentáveis nas emissões globais.”
O relatório aponta que:
- As emissões globais devem ser reduzidas em 48% até 2030.
- É necessário alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
- Cada fração de grau importa — e cada ano perdido torna a meta mais distante.
Eventos extremos como ondas de calor, megainundações, secas prolongadas, incêndios florestais e aumento do nível do mar já afetam milhões de pessoas todos os anos, provocando danos econômicos, colapsos hídricos, insegurança alimentar e migrações forçadas.

Perda de biodiversidade e colapso de ecossistemas
Dados da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) indicam que cerca de um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção, muitas delas já nas próximas décadas. As causas são múltiplas e interconectadas:
- Desmatamento e perda de habitat natural
- Poluição do ar, solo e corpos hídricos
- Introdução de espécies invasoras
- Sobrepesca e caça ilegal
- Mudanças no uso da terra sem critério ecológico
Este colapso da biodiversidade compromete diretamente serviços ecossistêmicos essenciais à vida, como a polinização, o equilíbrio do ciclo hídrico, o controle biológico de pragas e a fertilidade dos solos.
Poluição e saúde planetária
A poluição é uma das principais causas de mortalidade no mundo, segundo a revista científica The Lancet. Seja por emissão de gases tóxicos, metais pesados, microplásticos ou resíduos químicos, os efeitos são devastadores tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana.
- O descarte de esgoto sem tratamento ainda afeta mais de 2 bilhões de pessoas no planeta.
- A queima de combustíveis fósseis contribui com cerca de 75% das emissões de CO₂.
- O uso de plásticos descartáveis, especialmente em regiões costeiras, agrava o problema da contaminação marinha.

Dia do Planeta Terra, O que empresas e cidadãos podem fazer?
A superação dos desafios ambientais depende de uma mudança sistêmica. Abaixo, listamos caminhos práticos que podem ser adotados de forma imediata:
Para cidadãos:
- Evitar desperdícios alimentares e de energia.
- Escolher marcas comprometidas com sustentabilidade.
- Separar e destinar corretamente resíduos sólidos.
- Apoiar legislações ambientais e exigir transparência climática.
- Repensar o consumo com base na suficiência e não na abundância.
Para empresas:
- Adotar princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança) de forma prática e mensurável.
- Realizar inventários de emissões de GEE e estabelecer metas reais de neutralização.
- Rever cadeias produtivas com foco em circularidade.
- Implantar programas internos de educação ambiental corporativa.
- Buscar consultorias especializadas em sustentabilidade, como a GreenView Engenharia & Consultoria Ambiental, para orientar tecnicamente a jornada de transformação ambiental.
Dia do Planeta Terra – O futuro é agora, e a responsabilidade é coletiva
O Dia da Terra não é uma celebração passiva. É um chamado à coerência, ao compromisso e à coragem de mudar. As soluções existem. A ciência é clara. A inovação está ao nosso alcance.
Mas a mudança só acontece com vontade política, responsabilidade empresarial e engajamento social. Cada ação, por menor que pareça, contribui para um movimento maior. Cuidar da Terra é cuidar da vida — de todas as formas de vida.
No Blog da GreenView Engenharia & Consultoria Ambiental você pode saber um pouco mais sobre Gases de Efeito Estufa (GEE).
Seja responsável, cuide do nosso Planeta Terra.