Fitorremediação

Fitorremediação

Fitorremediação: como funciona a técnica para recuperação de áreas contaminadas

A fitorremediação consiste em uma técnica de remediação ambiental que utiliza plantas para remover, degradar ou neutralizar contaminantes presentes no solo, nas águas subterrânea, água superficiais ou sedimentos. É uma alternativa sustentável e eficaz para a recuperação de áreas contaminadas. Descubra a seguir quais os métodos desse processo.

Seleção das Plantas Adequadas

A primeira etapa da fitorremediação é definir quais plantas são capazes de tolerar condições específicas de local contaminado e que possam absorver, acumular ou degradar os contaminantes. Essas plantas são chamadas de plantas hiperacumuladoras ou também hiperadapatadas.

Absorção de Contaminantes

As plantas absorvem os contaminantes do solo ou da água através de suas raízes. Os contaminantes podem ser acumulados nas partes aéreas (folhas, caules) ou nas raízes das plantas, onde serão armazenados ou transformados em formas menos tóxicas.

Biodegradação e Fitorremediação Ativa

Existem plantas com microrganismos simbióticos em suas raízes, capazes de degradar os contaminantes diretamente no solo, em um processo conhecido como fitorremediação ativa. Isso aumenta a eficiência da remediação e acelera o processo de degradação dos contaminantes.

Aplicações Diversas

A fitorremediação pode ser aplicada em uma variedade de cenários, incluindo a remediação de áreas contaminadas por poluentes orgânicos, como hidrocarbonetos de petróleo ou metais pesados. O processo pode ser utilizado em locais industriais, aterros sanitários, áreas de mineração, entre outros.

Como funciona

  1. Extração
    Neste processo, as plantas absorvem os contaminantes presentes no solo ou na água através de suas raízes. Esses contaminantes são transportados para as estruturas das plantas, onde podem ser armazenados, metabolizados ou até mesmo incorporados em sua biomassa. Esse mecanismo é particularmente eficaz para metais pesados e alguns compostos orgânicos.
  2. Estabilização
    A estabilização envolve a minimização do movimento dos contaminantes, principalmente no solo. As plantas ajudam a interceptar a precipitação e, por meio do enraizamento, estabilizam fisicamente o solo, impedindo a erosão e a lixiviação de contaminantes. Isso reduz a disponibilidade dos contaminantes para serem transportados para outras áreas.
  3. Sequestro
    O sequestro acontece quando os contaminantes são imobilizados na zona radicular das plantas. Isso pode ocorrer por meio da precipitação dos contaminantes ou sua complexação com compostos exsudados pelas raízes, o que impede a sua mobilidade no solo e a sua disponibilidade para as plantas ou para lixiviação para as águas subterrâneas.
  4. Volatilização
    Algumas plantas têm a capacidade de absorver contaminantes e, através de seus processos metabólicos, convertê-los em formas voláteis que são liberadas para a atmosfera. Esse mecanismo é aplicável principalmente a contaminantes orgânicos voláteis, como solventes.
  5. Controle Hidráulico
    Este mecanismo utiliza a transpiração das plantas para controlar o nível das águas subterrâneas. As plantas consomem água do solo, que é então liberada para a atmosfera através da transpiração, ajudando a reduzir o volume de água no solo e, consequentemente, a mobilidade dos contaminantes.
  6. Degradação
    A degradação envolve a transformação dos contaminantes em substâncias menos nocivas, processo que pode ocorrer na zona radicular (rizodegradação) ou nas folhas (fitodegradação). As plantas, em associação com microorganismos presentes no solo, podem metabolizar e decompor diversos contaminantes orgânicos, tornando-os menos tóxicos.

Esses mecanismos ilustram a versatilidade e eficácia da fitorremediação como uma técnica de descontaminação ambiental. Ao aproveitar as capacidades naturais das plantas, podemos tratar de forma eficiente e sustentável os ambientes contaminados, contribuindo para a recuperação de ecossistemas e a proteção da saúde humana e do meio ambiente.

Monitoramento e Avaliação

Durante o processo de fitorremediação, é importante que haja um monitoramento regular da concentração de contaminantes no solo, na água e nas plantas para avaliar se a técnica está sendo eficaz. Isso envolve amostragem e análise periódica dos contaminantes e do crescimento das plantas.

Cuidados Ambientais

A fitorremediação deve ser realizada com cautela, evitando a geração de impactos ambientais adversos como a disseminação de contaminantes para áreas não contaminadas ou a introdução de espécies invasoras. É por isso que a seleção de plantas adequadas, citada anteriormente, é tão importante nesse processo.  

Técnica Sustentável

A fitorremediação é uma abordagem sustentável para a remediação de áreas contaminadas, pois utiliza processos naturais, que não requerem a remoção ou disposição dos contaminantes. Frequentemente, é uma alternativa que se mostra mais econômica e menos invasiva do que outras técnicas de remediação.

Benefícios

A fitorremediação oferece os seguintes benefícios potenciais:

  • Tecnologia semipassiva que pode tratar impactos residuais de forma não intrusiva;
  • Aplicabilidade a uma ampla gama de contaminantes, particularmente aqueles que estão presentes em profundidades rasas;
  • Capacidade de influenciar o fluxo das águas subterrâneas em alguns locais com poucos insumos energéticos e ao mesmo tempo gerando pouco ou nenhum desperdício, é uma Tecnologia verde e sustentável.

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