Recuperação de áreas degradadas: quais as principais técnicas?
É grande a quantidade de atividades produtivas que causam riscos ao meio ambiente e são capazes de provocar danos ao ecossistema. Tendo em vista essa condição, foram criados alguns instrumentos para minimizar os impactos resultantes das áreas que sofreram com processos de degradação e ou contaminação ambiental.
Um desses instrumentos consiste no plano de recuperação de áreas degradadas. A depender do ambiente, são usados diferentes tipos de procedimentos na área degradada, para mitigar os danos.
Saiba em que consiste a recuperação de áreas degradadas e as principais técnicas utilizadas nesse conteúdo da GreenView.
O que são área degradadas?
É toda área que teve as suas características originais modificadas e sofreu danos em razão da ação natural ou antrópica. Isso significa que esse terreno teve alterada as suas propriedades ambientais, bióticas e abióticas. E quando essas mudanças vão além do limite de recuperação natural, é necessária uma intervenção para recuperação dessas áreas degradadas.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em uma de suas definições para área degradada, considera por área degradada a área que, por intervenção humana, apresenta alterações de suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, alterações estas que tendem a comprometer, temporária ou definitivamente, a composição, estrutura e funcionamento do ecossistema natural do qual faz parte.
Plano de Recuperação Ambiental de Áreas Degradadas (PRAD)
Concebido inicialmente para atividades de mineração e previsto em lei, o PRAD – Plano de Recuperação Ambiental de Áreas Degradadas é um instrumento que consiste em um estudo com programas e ações voltados para minimizar o impacto ambiental provocado por algum empreendimento e/ou atividade produtiva.
Esse plano de recuperação de áreas degradadas costuma ser solicitado por órgãos ambientais durante o processo de licenciamento de atividades degradadoras ou passíveis de causarem modificações no meio ambiente.
O estudo detalhado deve conter informações, diagnósticos e levantamentos completos a fim de que seja possível avaliar a degradação ocorrida na área em questão; implementar ações de controle e recuperação ambiental; verificar que medidas serão mais adequadas para sua recuperação e criar atrativos para a fauna local nas áreas recuperadas, por exemplo. Tudo isso com um monitoramento dessas regiões e com uma avaliação constante para avaliar a efetividade das ações executadas.
Técnicas para Recuperação de Áreas Degradadas
Há diversas técnicas para recuperação de áreas degradadas que variam de acordo com os problemas do local, como a presença de substâncias químicas ou resíduos, instabilidade no solo, processos de desertificação, entre outros.
- Plantio de mudas: técnica bastante efetiva, o plantio de mudas costuma apresentar alto índice de crescimento e restabelecimento da flora após cerca de dois anos;
- Plantio por sementes: a técnica é baseada na disposição direta de sementes no solo. Por isso, ele deve ter as condições ideais para que a germinação aconteça;
- Condição da regeneração natural: procedimento de baixo custo baseado em ações mais simples como o cercamento da região, contenção de plantas invasoras e uso de sementes para colonização do local, por exemplo;
- Recuperação com espécies pioneiras: ideal para aplicação em áreas vizinhas ou bem próximas a algum fragmento florestal. Já que nessas áreas são suficientes os ajustes naturais para promoção do enriquecimento natural, o que reduz os investimentos em plantio de enriquecimento complementares.
Vantagens e desvantagens da recuperação de áreas degradadas
A recuperação de áreas degradadas é vantajosa na medida em que, como o próprio nome já diz, reverte o processo de deterioração de um ecossistema e restaura o equilíbrio ambiental.
Por outro lado, o ideal é que as eventuais intervenções necessárias para fazer um empreendimento sejam pensadas no início do projeto a fim de causar o menor impacto possível.
Por exemplo, quando uma área é degradada e não é elaborado e executado um plano de recuperação, podemos verificar algumas consequências, tais como, o solo fica infértil, água superficial e subterrânea podem ser contaminados, também pode ocorrer alterações na qualidade do ar, ocasiando um efeito em cadeia para flora, fauna e população.
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