Quais mudanças podemos esperar após a realização da COP-27?
Foram duas semanas intensas de negociação e discussões de soluções para a crise climática. A COP 27, que terminou no último dia 20 de novembro de 2022, em Sharm el-Sheikh, no Egito, reuniu representantes oficiais de governos e da sociedade civil com a finalidade de avançar no que diz respeito aos impactos do aquecimento global e às adaptações que deverão ser feitas para enfrentar os efeitos colaterais adversos. Mas será que podemos esperar mudanças efetivas após a realização da conferência? A GreenView preparou um conteúdo especial e traz um panorama para você.
O que é a COP 27?
A COP 27 foi a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas que aconteceu em 2022 e recebeu representantes de mais de 190 países. Organizada periodicamente desde 1995, esse tipo de conferência visa estruturar ações de mitigação dos danos provocados pelo efeito estufa e elaborar todo um planejamento que considere metas de redução do uso de combustíveis fósseis, por exemplo.
Tanto a COP 27 como outras conferências anteriores costumam terminar com alguns pactos fechados entre as nações. Quem não se lembra do Protocolo de Kyoto, que data de 1997, ou do Acordo de Paris, firmado em 2015 e em que todos os países se comprometeram a tentar limitar o aquecimento global a 1,5°C acima das temperaturas pré-industriais?
Entretanto, os acordos fechados anteriormente contemplaram diversas medidas que não foram cumpridas e espera-se que com a COP 27 seja tudo diferente.
Saiba mais em nosso post: COP 27 – Conferência sobre Mudanças Climáticas.
Que propostas climáticas foram discutidas na COP 27?
Um dos maiores destaques da COP 27 foi a criação do fundo de perdas e danos, uma iniciativa já debatida há muito tempo. Esse fundo deve servir para compensar os países mais pobres que são vítimas de condições climáticas extremas agravadas pela poluição de carbono dos países ricos, que emitem muito mais gases tóxicos para a atmosfera. Contudo, ainda não foram definidos os países que receberão o aporte e nem de que cofres sairá a verba para essas nações mais vulneráveis.
A questão do metano também foi abordada na COP 27. Uma aliança de 150 países se comprometeu a reduzir a quantidade desse gás do efeito estufa que é liberado na atmosfera em um terço até 2030. O metano é produzido por meio de processos diversos, como decomposição de resíduo orgânico, produção de gado para o consumo humano, vulcões, produção de combustíveis fósseis, entre outros.
Além disso, o Plano de Implementação de Sharm El-Sheikh, documento com os resultados discutidos na COP 27, fez menção à Soluções baseadas na Natureza (SbN). Isso é algo inédito. Basicamente, a sigla se refere a ações de proteção a florestas, recifes de corais e outros recursos naturais. Como o Brasil é um país com grandes florestas, esse aspecto é fundamental. O presidente eleito, inclusive, prometeu zerar o desmatamento em todos os biomas brasileiros até 2030.
Mas algumas questões permaneceram “emperradas” na COP 27. Uma delas diz respeito aos combustíveis fósseis, um recorde de lobistas do setor estiveram presentes. Os países não conseguiram chegar a um acordo para reduzir gradualmente o uso de todos os combustíveis fósseis.
Como é possível perceber após a realização da COP 27, o caminho a percorrer ainda é longo para que o mundo se torne mais sustentável. O esforço é coletivo! A sua empresa já faz a parte dela? A GreenView oferece soluções personalizadas para cada tipo de negócio com base em três pilares: crescimento econômico, redução de custos e a conservação do meio ambiente. Clique aqui e entre em contato conosco!